Caros Amigos e Amigas
Hoje é uma data muito triste para todos nós da família, hoje faz um mês que o nosso bebê Apolo nos deixou, foram oito anos de muita alegria, amor, bondade foi muito tudo e com muito exagero mesmo.
Temos muitas saudades de você e sei que nada vai nos confortar nem mesmo o tempo irá fazer isso (pelo menos comigo), a saudade de você só aumenta a cada dia, em cada canto da casa tem você, seja no meu quarto, na sala, na cozinha, na escada, você esta fazendo muita falta.
Apolo, O labrador diferente
Hoje é uma data muito triste para todos nós da família, hoje faz um mês que o nosso bebê Apolo nos deixou, foram oito anos de muita alegria, amor, bondade foi muito tudo e com muito exagero mesmo.
Temos muitas saudades de você e sei que nada vai nos confortar nem mesmo o tempo irá fazer isso (pelo menos comigo), a saudade de você só aumenta a cada dia, em cada canto da casa tem você, seja no meu quarto, na sala, na cozinha, na escada, você esta fazendo muita falta.
Apolo, O labrador diferente
O ano é 2006, precisamente 06/04/2006, nascia o que
seria um ser que mudaria as nossas vidas para sempre, seu coraçãozinho batia
como uma bateria de escola de samba, seus olhinhos ainda fechados procurava o
seu alimento para matar a sua fome. Sempre tivemos animais de estimação em
casa, seja um passarinho, seja um cachorro.
Certo dia estava eu trabalhando quando soube que
uma colega do trabalho que tinha uma labradora e que havia dado cria e não
havia sobrado mais nenhum filhote e que a próxima ninhada um dos filhotes seria
meu, pois a cachorra teve outra cria, eu disse a ela que eu queria um filhote,
passou algum tempo a cachorra ficou prenha e ela me disse que essa nova cria um
dos filhotes seria meu. Pois bem o dia havia chegado.
Havia comentado com minha noiva que iria ganhar um
cachorro por telefone, quando toca a segunda linha fui ver quem era e era a
colega do trabalho perguntando se eu realmente queria um filhote, eu disse que
sim. Voltando com a conversa com minha noiva ao
telefone pedi para ela que a sobrinha dela escolhesse o nome do cachorro, ela
disse que sem problema, nos despedimos e depois de cinco minutos toca o
telefone, era minha noiva dizendo que a sobrinha já havia escolhido o nome do
novo integrante da família, ela tinha perguntado se era menino ou menina e a
princípio ele tinha escolhido Tobi, achei que não combinava com aquele
cachorro, mas como eu tinha pedido para ela escolher o nome decidi deixar,
minha noiva desligou o telefone, depois ela me ligou novamente e disse que a
sobrinha tinha escolhido outro nome, dessa vez era Apolo, ficou bem mais
agradável e assim foi feita a vontade da sobrinha dela.
Chegando ao serviço eu vi aquela
coisinha linda, uma bolinha preta cheia de energia e alegria como todo
filhote.
Passei o dia todo ansioso para ir
embora para casa e mostrar a novidade para todos em casa. Chegou o momento de
ir para casa, arrumamos uma sacola grande para levá-lo, tinha me esquecido que
ele estava dentro do carro e brecava bruscamente às vezes e ele rolava dentro
da sacola (risos), quando cheguei em casa com aquela sacola enorme eu a
coloquei sobre a cadeira, foi quando minha mãe perguntou o que havia dentro
daquela sacola, falei que eram alguns catálogos de fornecedores, mas a sacola
se "mexeu", minha irmã logo matou a charada dizendo
que era um cachorro.
Minha mãe sem perder tempo logo disse
"Eu não quero cachorro, pode devolver", eu disse que não iria
devolver que eu queria muito um cachorro.
Meu pai disse a mesma coisa, e ainda
questionou "ou eu ou o cachorro", sem dizer nenhuma palavra para ele
e apenas com olhares no cachorro e outro para meu pai, ele, meu pai, saiu e não
disse nada. No dia seguinte ele fez as malas e foi para praia, ficou por lá por
um mês, e sempre perguntando se eu já havia devolvido o cachorro e as respostas
sempre às mesmas, "não vou devolver o cachorro". Com o passar dos
anos meu pai amoleceu e cedeu seu amor ao Apolo, para aonde meu pai ia ele o
acompanhava era um grude com meu pai e como diz um antigo ditado, “água mole
pedra dura, tanto bate até que fura” e assim aconteceu, ele conquistou de vez
meu pai, e minha mãe certa vez ouviu meu pai dizer á frase que marcou muito
todos nós e principalmente meu pai, meu pai disse “sabe Apolo que eu estou te
amando”.
Ele começou a dormir comigo no quarto,
tive que forrar o chão com jornais para não sujar com as suas necessidades,
tive que comprar uma bolinha com um sino dentro para eu ver onde ele estava,
pois ele preto e não tinha como vê-lo à noite, mas todo dia de manhã tinha que
tomar cuidado para não pisar nas "bombas" deixadas durante a noite e
madrugada (risos).
Ele tomou as vacinas que todos os
filhotes têm que tomar até poder sair na rua, os meses, os anos foram se
passaram e o Apolo foi crescendo cada dia mais bonito, fazendo dos nossos dias
mais alegres e felizes.
Certa vez (ele ainda filhote), minha
mãe havia se esquecido no chão um fertilizante para adubar as plantas aqui em
casa, foi quando nos dermos conta que o Apolo tinha comido o fertilizante,
liguei rápido para a veterinária e contei o que havia acontecido, foi que ela
tinha dito para darmos clara de ovo para ele e que era a melhor coisa para
fazer. Pensei comigo, “como vou fazer para dar isso para ele”, não esperei
muito e fiz o recomendado pela veterinária, para minha surpresa ele comeu tudo
e ainda queria mais (risos). Outro fato engraçado foi quando ele derrubou da
mesa um pacote de farinha de trigo, ficou com a cara toda branca (risos
novamente).
Ele nunca foi um labrador como os
outros, muitos dizem que a raça é muito agitada, bagunceira e com muita energia,
o que é verdade mesmo, mas ele era diferente dos demais, sempre com seus
brinquedos (bolinhas) e os seus cheirosos (camisas velhas) e algumas garrafas
pets eram as suas diversões.
Nós o acostumamos sempre com boa
alimentação, ele adorava banana, maçã, pera, talos de folhas, sempre que alguém
comia essas frutas ele ficava olhando e esperava que nós déssemos um pedaço
para ele. Quando ele comia seja no almoço ou na janta sempre tinha uma fruta,
no almoço era uma banana e na janta maçã, há de quem querer comê-las levava uma
bronca dele, dizendo, “essa maçã e/ou banana são minhas”.
Ele parecia o porteiro daqui de casa,
sempre que tocava a campainha ele corria como um doido para saber quem era que
tinha chegado, ele poderia estar comendo que saia como um louco para saber quem
era e cuide-se quem estivesse na frente dele que ele derrubava todos.
Ele sempre foi um cachorro muito
carinhoso, amoroso, sempre que alguém estava triste ele colocava sua cabeça no
colo dizendo que poderia contar sempre com ele e que tudo iria passar e ficar
melhor, às vezes parecia que ele entendia o que se passava com a gente.
Em sua primeira vez na casa da praia não
foi muito legal, pois como ele sempre andou em piso liso as suas patas eram
lisinha e lá o chão é cimentado e acabou machucando elas, tivemos que usar um
medicamento de uso humano, mais precisamente um que as mulheres usam, (medicamento
vaginal) e tivemos que enfaixar as quatro patas, sim ele conseguiu machucar
todas as quatro de uma só vez, e o pior é que estava chovendo, imaginem o
sufoco que foi fazer com que ele ficasse quieto em um canto.
Outro trauma na praia foi o banho no chuveirão, em toda casa do litoral
tem aquele famoso chuveirão do pós-praia ou pós-churrasco para curar as
bebedeiras, eis que meu pai resolveu dar banho nele lá, (ele sempre tomou banho
quente) a partir daí ele ficou com trauma de tomar banho, toda vez que se
falava, “vamos tomar banho” ele se escondia embaixo das cadeiras e não havia
cristo que fazia com que ele saísse de lá para tomar banho e nem ver meu pai
com um short azul que ele sempre usava quando dava banho nele.
Agora queria ver uma alegria para ele
era dizer a palavra mágica que ele nunca teve medo, era a palavra passear ou ver
que pegávamos a sua coleira ele ficava todo elétrico, agitado, parecia uma
criança quando ganha um presente que tanto quis. Ir para praia era uma diversão
só para ele, era ver a gente arrumar as coisas no carro que ele ficava pra lá e
pra cá só observando se íamos pegar as suas coisas e levá-lo e era o primeiro a
entrar no carro, isso quando não entrava sozinho e ficávamos o procurando, lá
estava ele com a sua língua esperando sair com o carro.
Passaram-se oito anos e chagamos em
2014, precisamente em Julho quando tudo mudou em nossas vidas, quem percebeu a
mudança no seu comportamento foi meu pai, pois toda vez que ele pegava a chave
para ir até o portão o Apolo ia junto e ficava sentado na calçada olhando a rua,
nesse dia ele ficou para o lado de dentro sem esboçar qualquer vontade de ficar
lá fora, com o passar dos dias minha mãe também notou esse comportamento
estranho, foi quando após a janta nesse dia ele sequer esboçou reação ao
levantar a cabeça para comer. (ele sempre ficou esperando sentado e de cabeça
erguida nós cortarmos a maçã e dar para ele).
Parecia que sentia muita dor, pois toda
vez que nós o tocava ele tremia, foi então que corremos para o veterinário e o
mesmo passou alguns remédios e até que por certo tempo fazia o efeito desejado
e logo depois do fim do efeito ele voltava com esses sintomas.
Foi-nos sugerido fazermos um raio-X para
saber se era algo ligado á coluna então fizemos isso e nada foi encontrado no
raio-X, então a veterinária sugeriu que fizéssemos uma tomografia e disse que
poderia ser um problema neurológico, fomos em outro veterinário para ter uma
segunda opinião e ele indicou para minha irmã um neurologista que confirmou o
que já havia dito, e que poderia ter sido um AVC (acidente vascular cerebral)
ou um tumor, mas já era constatado mesmo que era um problema neurológico, então
ele solicitou o exame.
Fizemos todos os exames e foi
constatado o problema neurológico, era um tumor na cabeça, o neurologista nos
deu uma sugestão de fazer uma quimioterapia, mas isso não iria melhorar em
nada, apenas dar uma sobrevida e que iria ter vários efeitos colaterais, essa
situação já estava o prejudicando muito, pois ele já não estava enxergando mais,
ele já não andava direito somente em círculos. Já não estava mais comendo e nem
bebendo, ele em apenas um mês emagreceu 10 quilos e no dia 31/07/2014 com muita
tristeza em nossos corações seu sofrimento acabou tivemos que sacrificar o
nosso bebê, pois era assim que ele era chamado por nós, pois ele sempre foi um bebê,
nunca havia se tornado um adulto.
E foi assim que chegou ao fim (pelo
menos no plano terrestre) o Apolo, mas sempre com muito amor, dedicação,
carinho de ambas as partes.
Uma frase que eu ouvi e é a mais pura
verdade, é que eles nos dão amor sem pedir nada em troca.
Quero
deixar aqui todo o meu agradecimento por todos vocês que se dedicaram ao bem
estar do nosso amado e tão querido bebê o Apolo, começando pela primeira
veterinária dele a Dra. Erika, Dra Jéssica (Dermatoclínica www.dermatoclinica.com.br Rua Conselheiro Saraiva, 930 -
Santana), o Dr. Ricardo Grilo e o Dr. Pedro (SOS Peludos www.sospeludos.com.br
Av. Imirim, 412 Imirim), o Dr. Alessandro Kojima Cardoso, Dra Renata e a Dra.
Mariana de Alencar Karamm (Hospital Veterinário Pompéia www.hovetpompeia.com.br
Av. Pompéia, 699) o Dr. Benedito Lua Bomfim (Clínica Veterinária Horto Av. Parada
Pinto, 2752 Horto Florestal clinicaveterinariahorto@hotmail.com) e Dra. Carolina Girardi Francisco
(amiga da família).
Como diz a música Canção da América de Milton
Nascimento “Qualquer dia, amigo, a gente
vai se encontrar”